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AMOR QUERIDO... AMOR FERIDO

Um dia. . . plantei uma rosa!

Previ que seria formosa,

Como nunca dantes surgida.

Tempos em tempos, com paixão,

Tratei de cultivar o chão

Que haveria de lhe dar vida.

Suor e lágrimas a regaram;

Clamores de amor espantaram

As pragas e as aves daninhas.

O sol de meus olhos brilhava

E o meu coração se encantava

Com a mais bela das obras minhas!

Um dia. . . em plena alvorada,

Aquela jóia tão amada

Resolveu nascer para mira.

Que linda! Que pétalas puras!

Que maciez! Quantas canduras

Em seu corpinho de festim!

Parecia, enfim, que meu sonho,

Que já se mostrava tristonho,

Afinal se realizaria.

Teria só pra mim um bem,

Que ninguém, que mesmo ninguém,

Mais tarde de mim levaria.

Um dia. . . sem graça, sem jeito,

Cheguei-me a ela, com respeito,

E segurei-a com carinho;

Dor se fez em meu coração,

Pois minha, descuidada mão

Feriu-se num oculto espinho!

Três dias. . . três esparsas datas,

Três perturbações correlatas

Na minha vida penitente:

A esperança que não existe;

Uma felicidade triste;

E anos de pranto pela frente!!!

 

 

 

1º Lugar

(A esperança é a última que corre)
no IV Festival de Poesias do SESC em 1973

1º Lugar

(Entre pedras e rosas)
no V Festival de Poesias do SESC em 1974

4º Lugar

(Penúltima Oração)
no Festival de Poesias do SESC em 1975

 

Participou

da Antologia Poética "Caminhos e Caminhantes" publicada pelo SESC

Jornais

Vários poemas publicados em jornais

Destaque

Escolhido como destaque do ano de 1975 na poesia

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Opiniões

João da Silva (Madeira - Portugal):
Reconheço seu valor através desses trabalhos. Uma forte capacidade intelectiva...

Pablo Cid (Jornal do Comércio):
Trabalha seus versos de modo original e revelam admirável desenvoltura...

Luiz Fernandes Silva (Jornal ASPEP):
Os seus sábios pensamentos foram feitos para meditar. Meus parabéns...

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