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CHORAR EM SILÊNCIO.

Chorar em silêncio. . .

Calar o peito, remoer saudades,

Fechar-se em copas num autismo insano,

Não mais fiar em felicidades

E consumir-se no cotidiano.

Chorar em silêncio. . .

Negar aos viciados olhos do universo

A satisfação de ver um movimento

De desprezo à dor e ao sofrimento.

Manter à sombra um coração disperso

E marchar rumo ao futuro a passo lento.

Chorar em silêncio. . .

Ao apagar das luzes, ao cair o pano,

Rir dos aplausos da plateia cega

Que põe na falsidade das cenas

A realidade que ela mesma renega!

Chorar em silêncio. . .

Olhar à volta e assistir atónito

Ao remoinho de mensagens bélicas

Surgindo das mais sutis essências,

Descendo à Terra em formas angélicas

Violando o fundamento das ciências.

 

 

 

1º Lugar

(A esperança é a última que corre)
no IV Festival de Poesias do SESC em 1973

1º Lugar

(Entre pedras e rosas)
no V Festival de Poesias do SESC em 1974

4º Lugar

(Penúltima Oração)
no Festival de Poesias do SESC em 1975

 

Participou

da Antologia Poética "Caminhos e Caminhantes" publicada pelo SESC

Jornais

Vários poemas publicados em jornais

Destaque

Escolhido como destaque do ano de 1975 na poesia

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Opiniões

João da Silva (Madeira - Portugal):
Reconheço seu valor através desses trabalhos. Uma forte capacidade intelectiva...

Pablo Cid (Jornal do Comércio):
Trabalha seus versos de modo original e revelam admirável desenvoltura...

Luiz Fernandes Silva (Jornal ASPEP):
Os seus sábios pensamentos foram feitos para meditar. Meus parabéns...

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