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PENÚLTIMA ORAÇÃO

Salve, minha Rainha, onde quer que estejas!...

Minha Rainha antiga, de um reinado antigo,

De um sonho deslumbrante que eu vivi contigo!

Quando naquela véspera, sob as cerejas,

Qual anjo enfurecido tu alçaste voo,

Desmoronaste o templo. . . mas eu te perdoo!

Perdoo pois pressinto que ainda voltarás,

Pois nosso amor foi grande, foi belo, foi puro,

Foi algo que não morre, não se esvai no escuro.

Não sei por onde andas, nem sei como estás,

Mas sei que sentirás toda a palpitação

Que sai deste lamento em forma de oração:

Não quero ser o elétrico azul celeste

A coroar planícies de um futuro bem.

Bastava ser um ponto, pra não ser ninguém!

Não quero ser a noite, que as angústias veste,

Ou mesmo a madrugada que lhes dá guarida.

Bastava ser um instante dentro em tua vida!

Não quero ser o banzo, ou mesmo a nostalgia,

Martirizando a fonte da felicidade.

Bastava ser um leve sopro de saudade!

Não quero a pretensão de ser pura alegria

Exposta em gargalhadas, mas de ser, no entanto,

Sorriso refletido no teu rosto em pranto!

 

 

 

1º Lugar

(A esperança é a última que corre)
no IV Festival de Poesias do SESC em 1973

1º Lugar

(Entre pedras e rosas)
no V Festival de Poesias do SESC em 1974

4º Lugar

(Penúltima Oração)
no Festival de Poesias do SESC em 1975

 

Participou

da Antologia Poética "Caminhos e Caminhantes" publicada pelo SESC

Jornais

Vários poemas publicados em jornais

Destaque

Escolhido como destaque do ano de 1975 na poesia

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Opiniões

João da Silva (Madeira - Portugal):
Reconheço seu valor através desses trabalhos. Uma forte capacidade intelectiva...

Pablo Cid (Jornal do Comércio):
Trabalha seus versos de modo original e revelam admirável desenvoltura...

Luiz Fernandes Silva (Jornal ASPEP):
Os seus sábios pensamentos foram feitos para meditar. Meus parabéns...

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