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LÁGRIMAS EXANGUES

Incontidas nódoas pululam-me as retinas:

Essências vermelhas, sentidas, viperinas,

Miserável seiva de um maltratado amor.

Sumo de pupilas moídas pela dor;

Pérolas-rubis geradas de um mal-querer.

Frutos de uma mente enraizada na paixão,

Cegam-me, ofuscam-me, tolhem-me a visão,

Ferem-me os sentidos com o espinho da mágoa.

E o consciente inquieta-se e dilui em água

Este orvalho tinto com as cores do sofrer.

Gotículas ardentes, sanguíneas, sangrentas;

Pingos de lástima em brasa, lavas odientas

A macular as íris, o bom senso, a alma;

Aniquilando a paz, exterminando a calma,

Matando um pobre coração dolente, langue.

Mas, afinal, o que me umedece o rosto?

Lágrimas não nos induzem a tão vil posto!

Lágrimas espremem os sonhos, não as vidas!

Lágrima. . . é o que jorra de minhas feridas;

O que vertem meus sofridos olhos é. . . sangue!

 

 

 

1º Lugar

(A esperança é a última que corre)
no IV Festival de Poesias do SESC em 1973

1º Lugar

(Entre pedras e rosas)
no V Festival de Poesias do SESC em 1974

4º Lugar

(Penúltima Oração)
no Festival de Poesias do SESC em 1975

 

Participou

da Antologia Poética "Caminhos e Caminhantes" publicada pelo SESC

Jornais

Vários poemas publicados em jornais

Destaque

Escolhido como destaque do ano de 1975 na poesia

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Opiniões

João da Silva (Madeira - Portugal):
Reconheço seu valor através desses trabalhos. Uma forte capacidade intelectiva...

Pablo Cid (Jornal do Comércio):
Trabalha seus versos de modo original e revelam admirável desenvoltura...

Luiz Fernandes Silva (Jornal ASPEP):
Os seus sábios pensamentos foram feitos para meditar. Meus parabéns...

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