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RESSURREIÇÃO

Vivi por viver, sem pensar em tudo,

Coração quebrado em peito fendido,

Meu amor partido, sumido, ido,

Surdo à razão, calado, cego, mudo.

Sonhos sem esperança em mente criança,

Sem amar, sem amor, triste, apagado,

Encerrado em mim, à dor algemado,

Prisioneiro das trevas da lembrança.

Livrei-me da minha imagem de espelho,

Desci pelas espirais do vazio,

Beijei e abracei novo solo frio,

Me auto-destruí, neguei o aparelho.

Mergulhei no nada e tudo se tornou VERMELHO!.

E vi então o som das flores belas,

Inalei as cores dos luzidios

Pingos de orvalho, caídos nos rios:

Lágrimas de alegria das estrelas.

E ouvi a maciez das borboletas,

Com suas asas brancas a desenhar

Harmoniosas mensagens no ar,

Provei o suave odor das cançonetas.

Senti o tato morno do Astro-Rei,

A indicar-me a rota do futuro,

E a música, e a paz, e o poema puro,

Me ergueram do nada e então. . . AMEI!

Flutuei na essência e tudo se tornou AZUL!. . .

 

 

 

1º Lugar

(A esperança é a última que corre)
no IV Festival de Poesias do SESC em 1973

1º Lugar

(Entre pedras e rosas)
no V Festival de Poesias do SESC em 1974

4º Lugar

(Penúltima Oração)
no Festival de Poesias do SESC em 1975

 

Participou

da Antologia Poética "Caminhos e Caminhantes" publicada pelo SESC

Jornais

Vários poemas publicados em jornais

Destaque

Escolhido como destaque do ano de 1975 na poesia

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Opiniões

João da Silva (Madeira - Portugal):
Reconheço seu valor através desses trabalhos. Uma forte capacidade intelectiva...

Pablo Cid (Jornal do Comércio):
Trabalha seus versos de modo original e revelam admirável desenvoltura...

Luiz Fernandes Silva (Jornal ASPEP):
Os seus sábios pensamentos foram feitos para meditar. Meus parabéns...

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